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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bloco de Esquerda: Censura à la Carte...

Para o Bloco de Esquerda, é impensável recriar a história como forma pedagógica (a não ser a interpretação deles). Aliás, se achassem que eu estaria a exagerar, basta lembrar como eles se portaram a quando de uma atividade pedagógica sobre o regicídio em 2008.

Agora voltaram à carga numa iniciativa normal (o ano passado foi a Batalha das Flores sobre os 250 anos da Cidade de Aveiro) do Agrupamento de Escolas de Aveiro.

Para quem não soube, é referir que a iniciativa visava retratar, por quadros interpretados pelos alunos, momentos marcantes dos 100 anos da república no país, que este ano se comemoram. Foram recriados momentos como o regicídio, a proclamação da república, o estado novo, os congresso da oposição democrática, o 25 de Abril, a multiculturalidade, e até dois dos clubes marcantes de Aveiro (Beira-Mar e Galitos).

Como podem ver pelas fotografias que publico, estiveram vestidos miúdos e meninas de camponeses, do tempo da monarquia, de hippies, de militares com G3, de cantores de intervenção com frases ao peito, e também, como o BE não queria - de Mocidade Portuguesa (Lusitos e Lusitas). Vestidos à Beira-Mar, à Galitos e com as cores da Bandeira Nacional. Vejam a resposta do Agrupamento na Terranova. E leiam os relatos do Jornal de Noticias, do Público, do Diário de Noticias, do blogue da Didas. E depois leiam o sensacional comentário do Nelson Peralta... Ou no blog do comentador bloquista do Expresso, Daniel Oliveira

O Bloco de Esquerda levantou as mãos à cabeça, fez perguntas à ministra, tentou calar a professora da Escola, insultou a inteligência de muitos e conseguiu ter o seu tempinho de antena. O seu deputado por Aveiro fez uma figura triste e Nelson Peralta mais um texto onde faz o melhor que o seu partido gosta de fazer nestes momentos: recriar a realidade a seu belo prazer. Que pena que os testemunhos recolhidos não lhes deram razão. E é pena que pessoas inteligentes não perceberam que é sabendo a história que se evitam os erros do passado.





Mas para o Bloco de Esquerda, parece que só há certas vertentes da História...

Mas depois desta triste encenação dos bloquistas, há uma pergunta que deve ser feita: como pode a História de Portugal do período do Estado Novo ser uma coutada de Fernando Rosas? Estaremos a assistir a uma reescrita da história?

2 comentários:

  1. Em primeiro lugar concordo e dou todo o meu apoio à divulgação junto da população escolar de quadros históricos, desde logo porque um povo sem memória não poderá ter grande futuro.

    Em segundo lugar essa divulgação só poderá beneficiar com pequenos teatros (e a forma do desfile parece-me perfeitamente adequada).

    Contudo, o que falhou em Aveiro foi a presença de um verdadeiro professor de história, que tenha ou o mínimo de cultura ou sentido pedagógico ou não tenha intenção política.

    Porque representar a monarquia com danças palacianas só pode vir da cabeça de uma pobre alma que 90% do que leu sobre história foram os filmes da Sissi! A monarquia só foram bailes de palácio para meia dúzia de famílias nobres! E as discriminações legais e fácticas? A perseguição a quem não era católico? Não seria melhor representar um auto-de-fé (pelo menos muitos mais participaram em Autos-de-fé, nomeadamente na fogueira, que em danças e bailes palacianos!)

    Porquê representar a proclamação da República nos paços do concelho e não a construção de escolas e universidades, a constituição, as liberdades várias?

    E, busilis da questão, o estado novo representado pelo desfile de um mílicia infantil fascista? E a PIDE? A fome dos anos trinta (que muitos apresentam como esforço de equilíbrio orçamental)? A perseguição a Aristides Sousa Mendes que recusou cumprir a ordem de Salazar de entregar dezenas de milhares de judeus e outros a uma morte certa?

    A mocidade portugueza é uma imitação da juventude hitleriana e fascista de Mussolini, com saudação romana (nazi) cânticos apropriados e toda a canga ideológica, representa a participação voluntária de Salazar no pesadelo nazi que se abateu na Europa e no qual Salazar contribuiu com fornecimentos de matérias-primas e tirando a nacionalidade aos judeus de origem portuguesa (que a República tinha dado depois das perseguições da monarquia) bem como e decorrentemente qualquer protecção consular.

    Concluindo, ou os professores de Aveiro são uns ignorantes, ao nivel da sopeiragem mais reles com uma cultura ao nível da "Hola!" ou têm um programa efectivo de falsificação e revisionismo da história, o que é extremamente perigoso.

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  2. Olha olha! Uma comentário copy paste do Farinha! Pelos vistos este serve para tudo!

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